Estas fotografias que já foram publicadas no Blog em 2009, voltam de novo legendadas com um belíssimo texto do nosso colega Artur Gonçalves.
Uma fotografia é sempre a captação de um acto único, irrepetível, singular, fixado no momento em que o clic se fez. Podem passar anos a fio e o instante ali está bem presente. Neste caso concreto, deparamo-nos com a concretização de quatro desses flashs. Curiosamente, os pormenores que me chamaram a atenção em cada um deles escapam à órbita dos professores retratados em situação laboral. O actividade um pouco insólita do tal menino na oficina do mestre Mateus, o ar desatento da menina do relógio na aula da Dra. Margarida Ribeiro, o balde das experiências volumétricas no laboratório improvisado do Professor Barreto, o crucifixo legitimador da ordem e dos bons costumes cristãos no gabinete do Director Leonel Sotto Mayor. Os Docentes são conhecidos de todos nós que frequentámos a escola na década de 60. Os meninos e meninas recusaram-se a ficar cristalizados nessas velhas fotos e saltaram para a vida, anónimos, desconhecidos, misteriosos. Nos dias que correm, a uma distância tão acentuada no espaço e no tempo, vá-se lá saber quem são.
1 comentário:
Olá pessoal!
Adorei ver estas fotografias (já não me lembrava de terem sido publicadas em 2009). Adorei o magnifico texto de Artur Henrique Ribeiro Gonçalves. Revi o meu grande amigo e confidente Mestre João Mateus com quem tive o prazer de conviver nos finais da década de 50. Achei graça ao pormenor da menina do relógio que está desatenta. Só mesmo um bom observador dá pelo pormenor.
Abraço a todos e não se esqueçam de também publicar os vossos comentários aqui no Blogue.
Olhão 20-09-2015
Fernando Santos.
Enviar um comentário