Estas fotografias do Jorge Sobral, lembram-nos as
actividades circum-escolares, era este o nome que davam às actividades
paralelas ao ensino da matéria.
Neste caso o Teatro ganhou alguma dimensão devido a algumas
iniciativas do Dr. Bento Monteiro, em colaboração com o Dr. Mário Tavares.
Uma das peças levadas à cena com maior impacto foi a ANTÍGONA
de Jean Anouilh.
Quando estas fotografias foram publicadas no Blog em 2008, o
Artur R. Gonçalves, comentou assim:
“Sobre estas experiências teatrais, lembro-me com alguma precisão
das palavras premonitórias que dedicou à tragédia em apreço: «Um dia ainda
dirão ter assistido à representação da ANTÍGONA de Jean Anouilh». Na altura, o
autor e a obra faziam parte daquele punhado enorme de casos pouco queridos do
Estado Novo. Estreada na cidade de Paris em 1944, durante a ocupação alemã, o
antagonismo trágico protagonizado por Antígona e Creonte representava a
resistência francesa contra as leis despóticas do Marechal Pétain. As
semelhanças com a realidade portuguesa da época não podiam ser mais claras.
Passados 40 anos, aqui estamos nós a comentar o drama e dramaturgo. O dr. Bento
Monteiro tinha razão nesse distante ano de 1968.”
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