Caldas da Rainha tem uma enorme tradição de cerâmica, e a
nossa Escola teve um contributo muito importante, por isso recomendo vivamente
a leitura deste pequeno texto que recolhi do Livro da Isabel Castanheira,
“Rafael Bordalo Pinheiro à sombra dos Plátanos” pesquisado no Jornal “PROGRESSO”. Ilustro este texto com uma fotografia do Júlio Calisto junto ao jarrão feito
por ele, no ano lectivo de 1963/64 e que mais tarde seria oferecido à Câmara
Municipal de Lisboa.
Escola Industrial e Comercial Rafael Bordalo Pinheiro
Autor: D. Ramos
A Escola Industrial e Comercial de Rafael Bordalo Pinheiro pode dizer-se que é, até ao presente, a última das metamorfoses da Escola de Desenho Industrial Rainha D. Leonor, que por Decreto de Emídio Navarro, datado de 1884, se criou nesta cidade com o fim de cooperar no desenvolvimento da indústria típica e tradicional das Caldas da Rainha — a cerâmica — o qual não podia depender apenas das empresas particulares interessadas na sua exploração comercial.
Ficou esta Escola instalada nos baixos dos Paços do Concelho, frequentada por 64 alunos, e por sugestão de Bordalo Pinheiro, em 1888 é dotada com uma aula de química, promovida num dos melhores laboratórios do País, sendo a sua regência entregue ao professor ilustre que foi Von Bonhorst, e logo no ano imediato com uma aula de pintor vidreiro, regida pelo próprio Bordalo, cuja sensibilidade artística e ação renovadora se fazem tão profundamente sentir, que revolucionaram a cerâmica caldense de forma a recolher as aclamações de nacionais e estrangeiros, ao mesmo tempo que se vão criando discípulos, ávidos de continuar a Obra do Mestre.
Uma reforma do Ensino Técnico em 1918, transforma em Escola de Artes e Ofícios, a Escola de Desenho Industrial, nome aquele que mantém até 1924, data em que se faz a união com a Escola Comercial, categoria a que tinha sido elevada a aula Comercial que existia desde 1919 e de que foram diretores o Padre Oliveira Hasse até ao seu falecimento em 1921, e o professor Moniz Barreto de 1921 a 1924, ano em que, como foi dito, ainda por outra reforma se faz das escolas então existentes, ou seja, a Escola
de Artes e Ofícios e a Escola Comercial, na atual Escola Industrial e Comercial de Rafael Bordalo Pinheiro.
A sua população escolar, distribui-se por três cursos: - o de Modelador Cerâmico, o de Costura e Bordados e o Comercial, o primeiro para o sexo masculino, o segundo para o feminino e o último para ambos os sexos, tendo a sua frequência aumentado consideravelmente nos últimos dez anos, acentuadamente no Curso Comercial, sendo bastante elucidativo a esse respeito, a mapa do movimento de matrículas que se segue
Escola Industrial e Comercial Rafael Bordalo Pinheiro
Autor: D. Ramos
A Escola Industrial e Comercial de Rafael Bordalo Pinheiro pode dizer-se que é, até ao presente, a última das metamorfoses da Escola de Desenho Industrial Rainha D. Leonor, que por Decreto de Emídio Navarro, datado de 1884, se criou nesta cidade com o fim de cooperar no desenvolvimento da indústria típica e tradicional das Caldas da Rainha — a cerâmica — o qual não podia depender apenas das empresas particulares interessadas na sua exploração comercial.
Ficou esta Escola instalada nos baixos dos Paços do Concelho, frequentada por 64 alunos, e por sugestão de Bordalo Pinheiro, em 1888 é dotada com uma aula de química, promovida num dos melhores laboratórios do País, sendo a sua regência entregue ao professor ilustre que foi Von Bonhorst, e logo no ano imediato com uma aula de pintor vidreiro, regida pelo próprio Bordalo, cuja sensibilidade artística e ação renovadora se fazem tão profundamente sentir, que revolucionaram a cerâmica caldense de forma a recolher as aclamações de nacionais e estrangeiros, ao mesmo tempo que se vão criando discípulos, ávidos de continuar a Obra do Mestre.
Uma reforma do Ensino Técnico em 1918, transforma em Escola de Artes e Ofícios, a Escola de Desenho Industrial, nome aquele que mantém até 1924, data em que se faz a união com a Escola Comercial, categoria a que tinha sido elevada a aula Comercial que existia desde 1919 e de que foram diretores o Padre Oliveira Hasse até ao seu falecimento em 1921, e o professor Moniz Barreto de 1921 a 1924, ano em que, como foi dito, ainda por outra reforma se faz das escolas então existentes, ou seja, a Escola
de Artes e Ofícios e a Escola Comercial, na atual Escola Industrial e Comercial de Rafael Bordalo Pinheiro.
A sua população escolar, distribui-se por três cursos: - o de Modelador Cerâmico, o de Costura e Bordados e o Comercial, o primeiro para o sexo masculino, o segundo para o feminino e o último para ambos os sexos, tendo a sua frequência aumentado consideravelmente nos últimos dez anos, acentuadamente no Curso Comercial, sendo bastante elucidativo a esse respeito, a mapa do movimento de matrículas que se segue
Anos
Escolares |
Matrículas |
Total |
|
C.
Comercial |
C.
Industrial |
||
1937
- 1938 |
145 |
85 |
230 |
1938
- 1939 |
203 |
85 |
288 |
1939
- 1940 |
202 |
94 |
296 |
1940
- 1941 |
216 |
126 |
342 |
1941
- 1942 |
232 |
111 |
343 |
1942
- 1943 |
290 |
132 |
422 |
1943
1944 |
293 |
141 |
434 |
1944
- 1945 |
302 |
140 |
442 |
1945
- 1946 |
314 |
145 |
459 |
1946
- 1947 |
323 |
138 |
461 |
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