quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um Fotografia histórica

No Encontro do passado 9 Maio, entre outros amigos tivemos o prazer de confraternizar com um grupo de “jovens” que se juntaram, e diziam com alguma graça que na mesa em questão a soma das idades era de 794 anos.
Neste grupo de Amigos estava o Sr.Joaquim Baptista que tem feito uma pesquisa muito interessante a propósito desta fotografia que se publica.
A foto datada de 28 de Julho de 1923, mostra-nos os finalistas desse ano da Aula Comercial de Caldas da Rainha, só no ano seguinte é que esta com a união da Aula de Desenho daria lugar à Escola Comercial e Industrial Rafael Bordalo Pinheiro.
Neste período a Escola tinha como director o Padre Oliveira Hasse (1919 a 1921) e o Prof. Abilio Moniz Barreto (1921 a 1924), e funcionava na quinta do Lagarto, que segundo nos esclarece o Amigo Joaquim Baptista, “ficava em frente onde hoje é a Escola Secundaria Rafael Bordalo Pinheiro, de que os familiares de Vieira Lino, foram os últimos proprietários até à venda para a urbanização que lá se encontra. Referencio o edifício construído para os "Telefones" e actualmente escritório de advogados de Monterroso e outros, além das ruas, Arminda Alves, Fernando Antão e outras, assim como a agência do Banco Santander. Julgo ser o suficiente para que identifiquem o local.”Na foto foi possível identificar o Prof. Barreto, terceiro da fila de baixo a contar da esquerda e na fila de cima a contar da esquerda, o terceiro, o Sr. António Alves de Carvalho, pai do António Alves de Carvalho e do Eduardo Alves Carvalho. Ainda na fila de cima o segundo da direita é possível que seja o Sr. Thomaz dos Santos mas não é certo.

Esta fotografia é pertença do Sr. Carvalho que também facultou outro precioso documento; o certificado de habilitações desse mesmo ano, onde se pode constatar que era um aluno aplicado.
Em conversa com o Sr. Carvalho fiquei a saber um pouco do percurso do pai, veio para as Caldas da Rainha com 14, 15 anos trabalhou como caixeiro-viajante na Casa Antunes (Rua do Rosário) e posteriormente no José Luis de Campos na Praça 5 de Outubro, o ordenado era uns trocos, cama e mesa. Em 1926 estabeleceu-se por conta própria no largo Dr. José Barbosa com uma mercearia (na esquina).
Frequentou a Aula Comercial em regime pós laboral.

José Ventura

Comentário:

Em 1923, as poses eram menos hollywoodescas do que em 1966. Os tempos eram outros e o cinematógrafo ainda não movia multidões. Pelo menos entre nós. Presumo. É bom ir conhecendo as origens da Rafael Bordalo Pinheiro. Sabê-la nascida da junção da Aula Comercial com a Aula de Desenho, nesse tempo de entre guerras, é já toda uma aventura. Um evento. O texto e os documentos que o acompanham dispensam grandes comentários. Valem por si. Formam uma daquelas histórias que andávamos/andamos à procura para dar sentido ao blog. Os jovens finalistas dos anos 20 cumpriram esse desidério de uma forma exemplar. Esperemos que não se fiquem por aqui.

Artur R.Gonçalves.......30-05-2009

O facto de vir referido acima o nome do Sr. Thomaz dos Santos, trouxe-me à memória uma lembrança...:
Já há uns bons anos, participei num almoço de antigos alunos que teve lugar no INATEL na Foz do Arelho...
Às tantas, sou abordado por um senhor já com uma idade um pouco avançada que me perguntou:
- Sabe quem eu sou?
-Peço desculpa, mas não sei...respondi-lhe ...
Sou o Thomaz dos Santos...!
O senhor Thomaz dos Santos, que era um comerciante de referencia das Caldas da Rainha, deve ter ficado mesmo muito admirado...de eu não saber quem ele era...!!!

Eu que sou mesmo muito despistado, nestes "exercícios de reconhecimento"...nem sei se deveria saber quem era o senhor...!!!

Maximino......30-05-2009

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