segunda-feira, 28 de junho de 2010

Faleceu o Mestre Mateus

Esta semana decididamente teve um início com noticias muitos tristes, ontem foi o Zé Agostinho que nos deixou e hoje a noticia é a morte do Mestre Mateus.

No final do ano passado tive oportunidade de conversar longamente com Mestre Mateus, onde me deu conta que ultimamente dividia o seu tempo entre as Caldas e o Algarve, onde tinha casa.

Falei-lhe dos encontros dos Antigos Alunos e Professores mas pareceu-me que nunca se sentiu muito atraído por esta festa.

O antigo Professor de Trabalhos Manuais era natural de Vila Real de Santo António e tinha 82 anos.

Comentários:

No 1º Período tive 12 a Trabalhos Manuais, nota mínima para fazer parte do Quadro de Honra de Ouro, a que tinha direito por força das notas nas outras disciplinas.
No início do 2º. Período fui "chamado à pedra" e informado que o 12 só tinha acontecido por "exigência" dos outros professores. A verdade era que talvez até o 10 fosse imerecido.
A reprimenda terminou com o pedido de mais empenho e a informação de que o Prof. Lalanda (Director da Turma) iria comunicar ao meu pai a minha falta de jeito e de aplicação.
A falta de jeito permaneceu até hoje, a aplicação melhorou substancialmente mas julgo que nunca mereci os 12 com que o Mestre Mateus sempre me presenteou, nos 2 anos em que fui seu aluno (1962/1963 e 1963/1964).
Obrigado Mestre e até sempre.

Orlando Sousa Santos........28-06-2010

Para a família as minhas condolências. Ainda há pouco tempo estive falando com o filho e estava tudo bem. E é assim que de um momento para o outro a nossa vida toma outro rumo. Que descanse em paz.

Vitor Pessa................28-06-2010
Foi meu professor, Mestre de Trabalhos Manuais, em 60/61 e 61/62 e a sua esposa, Professora Fernanda, em desenho. Os meus sentidos pêsames à família. Mais uma referência da minha adolescência que desaparece do nosso convívio embora fique na memória de todos quantos foram seus educandos.
Alfredo Justiça.............28-06-10
Também fui aluno do Grande Mestre e de sua esposa Dona Fernanda de quais eu tinha muita estima. Foi o Mestre Mateus que me mandou para o R5 aprender a tocar caixa com o Sargento (pisa flores) quando andava na Mocidade.
As minhas sentidas condolências para a familia, que descanse em paz.
António Abilio ...............28-06-2010
Não me lembro ao certo mas penso que o Mestre Mateus começou no meu 1º ano do ciclo.
Era relativamente novo quando deu as primeiras aulas, mas não era nada para brincadeiras e mantinha um grande respeito.Eu lembro-me que o Victor (irmão do Salvador(Pilas) que um dia enfiou um pote de grude (cola para a madeira) no agora já falecido Felizardo, na aula de trabalhos manuais e foi algo muito falado entre a "malta" e até por uns tempos, o Victor era conhecido como o "Pote". Depois não me lembro porquê trocou de nome para Chupa Tintas. Deus o tenha em descanso, foi um bom Mestre

Chaves ...........29-06-2010
Fui aluno do Mestre Mateus em 56/57e 57/58. Era austero, exigente, "dado ao respeito".
Preferiamos-lhe o Mestre Inácio (Oliveira), mais condescendente, menos ríspido com a garotada...

Era, também, quem dirigia, na EICRBP, as actividades da Mocidade Portuguesa.

Tive, muitos anos mais tarde, o previlégio de ser seu vizinho na Foz do Arelho.

Guardo dele a memória de um homem sereno, delicado, enfim, de um Senhor.

Que repouse em paz, Mestre Mateus !

F. Noronha Leal.........29-06-2010

Também tive o privilégio de conviver com o Mestre Mateus na segunda metade dos anos 50, quando iniciou a sua actividade na EICRBP.
Conheci-o na loja que o futuro sogro Vasco de Oliveira possuía no Bairro da Ponte onde trabalhei. Parava por ali a conversar comigo todo o tempo que dispunha nos intervalos das aulas, tentando conquistar a Fernanda Luísa que morava em frente, e de vez em quando surgia, dando uma furtiva espreitadela. Não me recordo se foi aluna dele, mas foi na Escola que a conheceu e logo ficou apaixonado! Foi uma conquista difícil, mas o mestre era um homem paciente e persistente. Muitas vezes me disse que se não casasse com a Fernanda, regressava ao Algarve e não mais pensaria em casar. Creio bem que foi amor à primeira vista, e talvez o grande amor da sua vida.
O Mestre casou primeiro que eu. Ficou pelas Caldas. Eu fui para Lisboa, e passado algum tempo deixámos de conviver.
Há cerca de dois anos, através do Zé Ventura recuperei o contacto. Falámos pelo telefone algumas vezes, e ainda combinámos um encontro no Alvôr. Contudo a saúde foi-lhe faltando, e quando estive nas Caldas em Maio deste ano, já estava muito doente.Apenas falei com a Fernanda Luísa.
Anteontem à noite recebi a notícia do seu falecimento.
É da praxe atribuirmos ao falecido todas as virtudes e encómios. Todavia, a História do Mestre Mateus tal como o conheci em 1957/58, (penso te-lo conhecido bem) desde há muito se encontra no meu caderno de memórias. Descrevo-o como um Homem integro, educado, calmo, paciente, e sobretudo muito persistente.
Foi um bom amigo!
Paz à sua alma!
Olhão, 30 de Junho de 2010.

Fernando Santos.

Apanhou-me de surpresa esta noticia ,apesar de saber que ele era mais velho que a esposa a minha professora de desenho muito querida SrªD. Fernanda .Reconheci a filha um dia numa loja Caldense falei deles e mandei-lhes cumprimentos ,na altura estava tudo bem ,mas a vida é assim e nada é eterno , neste momento onde quer que esteja será respeitado como um ser humano que a muitos de nós ajudou a crescer e ganhar maturidade com o seu exemplo.Para a familia os meus pêsames e que descanse em Paz.

Isilda Leal e irmão Amilcar Leal........26-07-2010

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