domingo, 17 de janeiro de 2010

Rapazes do Chão da Parada

Várias vezes sou abordado por companheiros da escola, que acompanham o Blog com regularidade, e me perguntam quem é o J.L.Reboleira Alexandre que é bastante interventivo aqui no nosso espaço na Net. Lá vou explicando o melhor que sei, que nos tempos de Escola vivia no Chão da Parada, foi para o Canadá,…blá, blá …. Ora bem, para quem não se recorda, aqui está uma foto com uma rapaziada do Chão da Parada, que confesso, só reconheço o amigo Reboleira, precisamente ao centro da imagem. Esta foto foi enviada pelo seu conterrâneo, José Santana Marques. Ficamos à espera que o Reboleira nos dê conta de quem são estes jovens que posaram para o objectiva, juntamente com os seus “Ferraris”. Comentários: É um facto que fotos minhas no blog são poucas. Lembro-me de apenas duas relativas às Secçôes Comerciais. E depois eu era mais do tipo «Low profile». Devo dizer que 30 anos a vender sonhos, viagens, mudam uma pessoa. LOL. Mas parece que estou «na mesma» pois na festa de 2008 o colega Santiago de Freitas (aparece rapaz), pelo menos assim mo disse, tendo-me reconhecido após 40 anos. A situação inversa não se verificou. Isto tem no entanto mais a ver com a memória do que fisionomias. Ele é que está na mesma. Mas vamos ao que interessa. Quem aparece na foto. Como os Reboleiras abundam lá na terra, estão presentes mais dois com este apelido. Da esquerda, temos o Sr. Eng. (esta do Sr... é para o provocar, a ver se ele aparece)César Reboleira, das obras da Câmara aí da cidade. A seguir o ex guarda-redes da equipa de futebol da aldeia, o Toino Filipe. Depois o outro Reboleira, o Zé Manuel, também ex-Bordalo, no meio eu, depois o Joaquim Anisio, longos anos funcionário da ROL, internauta activo, depois mais dois ex-Bordalos o Fernando Marques e o Cesário de Barros. Como a minha companheira, a tal que me atura há trinta anos, desde uma tarde de Agosto em Salir, vem muitas vezes à «baila» nos meus comentários, nada mais justo que juntar uma foto do casalinho numa recente viagem de carro de 2600 Kms, que é quanto nos separa de Montreal, para o Sol de Miami. Realmente estou mesmo na mesma. Pode ver-se claramente visto pelas duas fotos. J.L.Reboleira Alexandre..........18-01-2010 Amigos Se alguns de vós conhecerem o meu grande amigo e ex-colega da Frami, Joaquim Adelino Contente, oriundo do Chão da Parada, transmitam-lhe o meu apreço pelo seu alto profissionalismo na industria de Confeitaria e um grande abraço do Antonio Nobre- provávelmente já nem se lembrará de mim- António Nobre.........18-01-2010 Engraçado... Não tem nada a ver com o assunto que de que se está a falar, mas apenas por curiosidade o relato...: Como alguns de vocês sabem, em Óbidos havia ainda no "nosso tempo" uma Ganadaria da Casa Gama... Todos calculam como os toiros são perigosos e trago aqui este assunto apenas para relatar que na terriola onde nasci (Arelho do Concelho de Óbidos) vive ainda um individuo de nome José Alexandre Contente, cujo pai era maioral da Ganadaria Gama e morreu há muitos anos vítima da bravura de um toiro... Certamente seria talvez da familia do colega Contente referido pelo Nobre...porque o falecido maioral era segundo creio. do Chão da Parada... Desculpem trazer aqui um assunto que nada tem a ver com a Escola...mas que curiosamente acredito tenha a ver com o Contente...e quem sabe até...com o Reboleira Alexandre... Um abraço Maximino.......18-01-2010 Uma ajuda aos camaradas bordalos, António Nobre e Maximino. O Joaquim Adelino Contente, que mora à entrada do Chão da Parada lado esq. antes do cruzamento para a Mouraria, é primo drt. do José Alexandre Contente. Este, embora seja Alexandre, penso não ser da família do Reboleira Alexandre, só se há ligação em gerações mais antigas. Há essa probabilidade. Santana Marques........18-01-2010 Então...acertei numa de duas probabilidades... Obrigado e um abraço ao amigo Santana Maximino........19-01-2010 Pensava perguntar hoje à noite ao meu pai, que da sabedoria dos seus 89 anos, deve lembrar-se (memória antiga óptima) da existência desse hipotético familiar. O Santana (espero que essa anca esteja como há 40 anos....) já respondeu em parte, e eu agradeço-lhe. Mais um àparte. Como os Gamas também tinham uma propriedade na nossa aldeia, na zona do Talvai (cultura intensiva de arroz)os empregados tinham bastante mobilidade. É que a CGTP do tempo era muito, mas mesmo muito fraquinha, e os Gamas eram o maior empregador na nossa pobre aldeia dos anos 30 e 40. Tempos duros dos quais ouço histórias de arrepiar! A nossa única (dos nossos pais) saída era o mar. O meu e o do Santana como muitos outros abalaram. J.L.Alexandre Reboleira........19-01-2010 É verdade sim, os Gamas eram proprietários da Quinta do Talvai, para onde ia às vezes o gado bravo em transumancia, se não me engano no período das cheias... Recordo-me ainda de quando miudo, ver passar a manada devidamente enquadrada pelos maiorais...espreitando claro está, da parte de dentro da porta pelo postigo entreaberto...e já agora confesso...com algum medo á mistura...! Sim era duro esse tempo e para além do pessoal da zona do Chão da Parada também muita gente da minha aldeia e das aldeias limitrofes trabalhava para a Casa Gama e como se calcula...com salários mesmo muito baixos...!!! Mas mesmo assim, para as necessidades da cultura do arroz com as respectivas mondas e as mondas similares nos campos de trigo da Varzea da Rainha, vinham dezenas de trabalhadores de ambos os sexos, da região de Pombal, que eram alcunhados por aqui de "bimbos"... Era gente muito simples de que alguns poucos acabaram por ficar na região Oeste... Uma moçoila desses "ranchos" de mulheres, acabou casada com um primo meu em 2º grau também trabalhador da Casa Gama (com quem eu habitualmente via as tentas...para quem não sabe era a escolha dos novilhos para mostrarem a sua bravura, que mais tarde os levaria às Praças de Toiros ...)e que não sabia ler nem escrever... E era o Maximino miudo dos seus 8/9 anos que "lhe namorava" a cachopa escrevendo e lendo também a correspondencia recebida... Claro que os mais velhos me presionavam depois para contar o que ele dizia e as respostas que recebia (cuscas...)mas a boca do gaiato jamais se abriu para contar fosse o que fosse...!!! Pronto...e mais uma historieta que nos obriga pelo menos...a remexer o bau das recordações...!!! Um abraço do Maximino.......19-01-2010

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